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Santa Terezinha,16/09/2024

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Brasil tem 479 mil vivendo em presídios, 96% homens, e 161 mil em asilos, 60% mulheres, mostra Censo

g1.globo.com
Brasil tem 479 mil vivendo em presídios, 96% homens, e 161 mil em asilos, 60% mulheres, mostra Censo
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Estabelecimento são os principais tipos de domicílios coletivos, segundo o IBGE. No caso das prisões, número leva em conta apenas que tem condenação ou está há mais de 12 meses no local. Massa carcerária total do Brasil ultrapassa os 850 mil. Superlotação no presídio Professor Jacy de Assis em Uberlândia, em foto de 2022.
MNCPT/Divulgação
Os presídios são o principal tipo de domicílio coletivo do Brasil, e abrigam 479 mil pessoas – 96% delas, homens –, mostram dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número representa 0,4% de toda a população brasileira (203 milhões) e metade (57%) das 837 mil pessoas que vivem em domicílios coletivos.
🏨🏛️👵🏽Domicílios coletivos são locais em que há uma estrutura de controle – diferentemente do que acontece nos particulares (como casas e apartamentos, por exemplo). Além de prisões e asilos, incluem orfanatos, quartéis e albergues para moradores de rua, por exemplo;
São consideradas moradoras dos domicílios coletivos todas as pessoas que indicaram esses locais como sua moradia, incluindo proprietários e funcionários, por exemplo.
O tamanho da população em presídios apurado pelo Censo (479 mil) é menor do que o número total de detentos do país (852 mil) segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública), porque o IBGE leva em consideração apenas quem está detido há mais de 12 meses ou tem condenação definitiva.
O IBGE não divulgou dados sobre a raça dos moradores de domicílios coletivos. Em relação aos presídios, 69% dos detentos são negros, segundo dados de 2023 do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Encarceramento ajuda a aumentar população em domicílios coletivos
O número de pessoas vivendo todos os tipos de domicílios coletivos cresceu 22,5% desde 2010, quando eram 683 mil. A população brasileira como um todo cresceu 6,5% no período.
Parte desse crescimento pode ser atribuído ao aumento do encarceramento, segundo Bruno Perez, analista do IBGE.
"Com o aumento da população carcerária, essa tendência já era registrada por outras fontes de dados."
Segundo o IBGE, os presídios são o principal tipo de domicílio coletivo em todos os estados e no Distrito Federal. Sudeste, que tem 42% da população brasileira, responde por 52% da população que está em presídios.
Três quartos das pessoas em penitenciárias têm entre 20 e 39 anos.

Mulheres são maioria nos asilos
Os asilos são o segundo tipo de domicílios coletivos com mais moradores: 161 mil. Destes, 60% são mulheres – no conjunto da população, elas são 51,5%.
Uma possível razão para tanto é a maior longevidade feminina: a expectativa de vida ao nascer das mulheres está em 79 anos, ante 72 anos para os homens.
“A principal hipótese para as mulheres serem maioria nos asilos é o fato de que as mulheres são predominantes nas faixas etárias mais velhas. Quanto mais alta a faixa etária analisada, mais expressiva é a maioria das mulheres. É um fenômeno ligado à maior expectativa de vida das mulheres em relação aos homens. Quando a gente olha a população mais idosa, de 70 anos ou mais, já temos cerca de 57% de mulheres, o que é semelhante ao que se registrou nos asilos”, diz Bruno Perez, analista do IBGE.
Dados do Censo 2022
Veja o que Censo de 2022 já permitiu saber:
O Brasil tem 203 milhões de habitantes, número menor do que era estimado pelas projeções iniciais;
O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros;
1,3 milhão de pessoas que se identificam como quilombolas (0,65% do total) – foi a primeira vez na história em que o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar esse grupo;
O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas;
Pela primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a população preta cresceu.
Também pela primeira vez, o instituto mapeou todas as coordenadas geográficas e os tipos de edificações que compõem os 111 milhões de endereços do país, e constatou que o Brasil tem mais templos religiosos do que hospitais e escolas juntos.
Após 50 anos, o termo favela voltou a ser usado no Censo.
O Brasil tinha, em 2022, 49 milhões de pessoas vivendo em lares sem descarte adequado de esgoto. Esse número equivale a 24% da população brasileira. Já a falta de um abastecimento adequado de água atingia 6,2 milhões de brasileiros.
Mais da metade dos 203 milhões de brasileiros – 54,8% – mora a até 150 km em linha reta do litoral.




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