Guarda Costeira dos EUA divulga última mensagem enviada pelo submarino que implodiu a caminho do Titanic; veja
Autoridades revelaram última comunicação do submarino pela 1ª vez, durante audiência pública aberta nesta segunda. Inquérito da Guarda Costeira sobre implosão, que chocou o mundo, ainda não foi concluído. Submersível Titan, em foto sem data
OceanGate Expeditions/Divulgação via REUTERS
"Está tudo bem aqui".
Esta foi última frase enviada pelos tripulantes do submarino Titan, que implodiu durante uma expedição no fundo do mar para visitar os restos do Titanic, no ano passado, segundo revelou nesta segunda-feira (16) a Guarda Costeira dos Estados Unidos.
Responsável pela principal investigação do caso, até hoje não concluída, a Guarda Costeira abriu nesta segunda uma semana de audiências públicas para revelar detalhes do que já foi descoberto. Durante a sessão desta segunda, autoridades da instituição revelaram que o Titan nunca foi revisado por técnicos de fora da empresa que criou o submarino, a OceanGate.
A Guarda Costeira afirmou também que, antes de submergir na expedição que terminou em sua implosão, o Titan foi "exposto a condições climáticas e outros elementos" por meses, durante seu armazenamento, o que pode ter deteriorado seu casco.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
A última palavras reveladas na audiência foram enviadas pelo comandante do Titan através de um sistema de comunicação do entre o submarino e o centro de comando, em um navio em alto-mar. Logo após o envio, as comunicações com o submarino foram perdidas, disse também a Guarda Costeira nesta segunda.
Dias depois, as equipes de buscas encontraram destroços do Titan a 3.600 metros abaixo da superfície e afirmaram que o submarino havia implodido. A bordo, estavam cinco pessoas, entre o presidente da OceanGate, bilionários e um pesquisador.
Até hoje, ainda há dúvidas sobre se os tripulantes tomaram conhecimento de que havia algo de errado ou não no submarino. Durante os trabalhos de buscas, sondas registraram ruídos repetidos que as equipes suspeitaram que poderiam ser batidas de dentro do Titan com pedido de ajuda.
Essa hipótese, no entanto, nunca foi comprovada, e investigadores afirmaram que o mais provável é que as falhas não tenham sido notadas antes da implosão.
“Não há palavras para aliviar a perda sofrida pelas famílias impactadas por este trágico incidente, mas esperamos que esta audiência ajude a lançar luz sobre a causa da tragédia e evitar que algo assim aconteça novamente", disse o diretor de investigações da Guarda Costeira dos EUA, Jason Neubauer, que liderou a audiência.
Após a semana de audiências, a Guarda Costeira enviará um relatório com a conclusão das investigações e uma série de recomendações ao governo dos EUA.
Submarino Titan: som pode reabrir debate sobre causa da implosão com bilionários no oceano
COMENTÁRIOS