PF desarticula esquema criminoso em órgão responsável pela gestão da saúde indígena no MT
Dentre as ordens judiciais estão um mandado de prisão preventiva, 11 mandados de busca e apreensão, duas ordens de suspensão de toda e qualquer função pública e a proibição de contato com as vítimas e testemunhas.
As investigações indicam que gestores e conselheiros indígenas exigiam pagamentos indevidos para a contratação e manutenção de agentes de saúde. Além disso, foi descoberto um esquema de manipulação e venda de vagas, liderado pelos responsáveis pela contratação no Distrito Sanitário Especial Indígena Xavante, o que gerou um ambiente de trabalho insalubre e comprometeu a integridade da gestão da saúde indígena.
Além dos valores abusivos como condição para a manutenção dos contratos, os responsáveis também solicitavam imagens íntimas das enfermeiras contratadas, caracterizando assédio sexual.
Além disso, as diligências apontaram que as contratadas que não se submetiam aos pagamentos e cumprimento das ordens ilegais passavam a sofrer contínuas retaliações e remanejamentos de área, ou mesmo eram demitidas com base em “avaliações de desempenho negativas”, produzidas sem fundamentação legítima.
Dentre as ordem ilegais dirigidas às vítimas pode-se citar, por exemplo, determinação de criação de falso censo populacional indígena, com o fim de solicitar novas vagas para contratação. Quanto ao mandado de prisão da operação de hoje, até o momento os policiais encontram-se em diligências de captura e o preso encontra-se foragido.
Comunicação Social da Polícia Federal em Mato Grosso
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Fonte: Polícia Federal
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