Pacheco diz que defesa do corte de gastos é 'legítima' e que desperdícios devem ser 'corrigidos'
Presidente do Senado deu as declarações em fórum organizado pelo Grupo Lide. Depois, foi ao Palácio do Planalto se reunir com Lula. Governo prepara pacote para conter despesas. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante evento em Brasília
Evandro Macedo/LIDE
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou como "legítima" a defesa de setores por corte de gastos públicos e afirmou que supersalários, gastos com obras que não são finalizadas e outros desperdícios de recursos precisam ser corrigidos.
O parlamentar deu as declarações durante participação no Fórum Brasil, organizado pelo Grupo Lide. O tema do evento realizado em Brasília foi: "Desafios para um Brasil melhor e mais sustentável".
Segundo Pacheco, o engajamento do Legislativo em torno da redução de despesas deve se ampliar com as conclusões das votações da reforma tributária.
"É absolutamente legítimo defender cortes de gastos com privilégios e desperdícios, sobreposição de funções", declarou Pacheco.
"A missão precípua do congresso, a discussão do Estado brasileiro, onde pode ter aperfeiçoamentos e enxugamentos, numa lógica de qualificação do gasto público. Super salários, obras inacabadas, desperdícios, é uma distorção que se apresenta e precisa ser corrigida de pronto", completou.
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Pacheco disse que, para além do debate sobre gastos públicos, o país precisa fazer um debate sobre despesas prioritárias.
"O objetivo deve ser a discussão de uma lógica de qualificação do gasto público. Uma obra que se inicia não pode deixar de terminar. Carreiras estruturantes não podem deixar de serem atrativas. Carreiras públicas não devem ser desprezadas em vista da privadas", declarou.
Depois de participar do evento, o presidente do Senado foi ao Palácio do Planalto se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A pauta do encontro não foi divulgada, mas a reunião ocorre em meio aos debates do governo federal sobre um pacote de medidas para reduzir as despesas públicas.
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