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Santa Terezinha,28/11/2024

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A Ascensão da Bancada Evangélica: História, Contexto e Impactos no Congresso Brasileiro

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A Ascensão da Bancada Evangélica: História, Contexto e Impactos no Congresso Brasileiro
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A participação dos evangélicos na política brasileira é um fenômeno recente, mas que ganhou relevância significativa nas últimas décadas. Historicamente, os protestantes foram uma minoria reprimida durante o Império, quando o catolicismo era a religião oficial do Estado e requisito para cargos legislativos. Foi apenas ao longo do século XX, com a popularização do pentecostalismo, que os evangélicos começaram a se consolidar como uma força social, ainda que politicamente tímida.





A mudança veio com a redemocratização nos anos 1980. Mais organizadas e influentes, as igrejas evangélicas começaram a investir na eleição de parlamentares, inicialmente com o objetivo de participar da elaboração da nova Constituição. Foi nesse contexto que, em 1987, surgiu pela primeira vez a menção à “bancada evangélica” na imprensa, destacada pelo Correio Braziliense. À época, 32 parlamentares evangélicos integravam a Assembleia Constituinte. Em 2022, segundo o Instituto de Estudos da Religião (Iser), o número saltou para 94 deputados federais, representando 18% da Câmara.





Esse crescimento expressivo trouxe consigo uma visibilidade maior, mas também algumas percepções distorcidas sobre a bancada evangélica. O livro A bancada da Bíblia, de André Ítalo Rocha, propõe uma análise mais equilibrada sobre o tema. O autor evita estereótipos e mostra que, embora a presença evangélica no Congresso seja significativa, ela não é tão unificada ou influente quanto muitos imaginam. A bancada, segundo Rocha, reflete, em grande parte, as características do Centrão – um grupo heterogêneo e pragmático.





Rocha realizou uma pesquisa detalhada e acompanhou a campanha de seis candidatos evangélicos em 2022, trazendo à tona momentos que ajudam a compreender a atuação de figuras emblemáticas como Magno Malta e Marco Feliciano. Além disso, o livro contextualiza o conservadorismo que hoje marca a bancada evangélica como uma construção recente, influenciada mais por circunstâncias históricas do que por características intrínsecas da religião.





A análise histórica reforça que a bancada evangélica não é um “monstro reacionário” inevitável, mas um fenômeno que evolui de acordo com o cenário político e social. Assim, sua configuração pode mudar no futuro, dependendo das demandas da sociedade e das estratégias adotadas pelas igrejas evangélicas. O estudo de Rocha oferece uma perspectiva valiosa para entender esse fenômeno em sua complexidade e historicidade, permitindo uma reflexão mais profunda sobre o papel da religião na política brasileira.


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