Correios saem de lucro bilionário na gestão Bolsonaro para prejuízo recorde com Lula
Após amargar o terceiro ano seguido de prejuízos, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) passou a adotar “medidas urgentes” de economia de gastos para evitar a “insolvência” da estatal. Vale ressaltar que os Correios registraram prejuízo de R$2 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, é o maior valor já registrado para o período.
Em 2021, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, os Correios registraram o maior lucro da história, R$3,7 bilhões.
A informação consta em um documento interno da empresa que havia sido colocado sob sigilo. O documento foi divulgado pelo Poder360, nesta terça-feira (3).
Datado de 11 de outubro de 2024, o ofício é assinado pelo chefe do Departamento de Orçamento e Custos, Luciano Cardoso Marcolino; pelo superintendente Executivo de Finanças, Controladoria e Parcerias, Hudson Alves da Silva; e pela diretora Econômica-Financeira, Tecnologia e Segurança de Informação, Maria do Carmo Lara Perpetuo.
O documento começa destacando o prejuízo de R$ 1,81 bilhão registrado no período de janeiro a agosto de 2024 e a previsão de encerramento do ano com saldo em caixa 83% menor ao que foi reportado no início de 2024.
Em seguida, o ofício cita “medidas urgentes” adotadas para “sanar a delicada situação econômico-financeira dos Correios, com vistas à recomposição das reservas necessárias ao seu funcionamento”.
De acordo com o documento, “tais medidas visam, fundamentalmente, a recompor o saldo do orçamentário/caixa para retomada do equilíbrio econômico-financeiro e evitar que a empresa entre em estado de insolvência”.
Gestão atual
O atual presidente dos Correios é o advogado Fabiano Silva dos Santos, que foi indicado ao cargo pelo grupo Prerrogativas no início do governo do presidente Lula (PT).
Fabiano também é conhecido como “churrasqueiro de Lula” por sua proximidade com o petista e tem relação de amizade com o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro José Dirceu.
Desde que tomou posse, Fabiano enfrenta pressão para apresentar soluções estruturais, mas suas decisões têm gerado o efeito contrário com impacto negativo no orçamento da empresa.
De janeiro a setembro de 2024, a estatal acumulou um prejuízo de R$ 2 bilhões, o maior já registrado para o período desde a sua fundação.
Caso o ritmo do prejuízo se mantenha até o fim do ano, a previsão é de que o déficit supere os R$ 2,1 bilhões registrados em 2015, durante o governo Dilma Rousseff (PT).
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