A vereadora por Várzea Grande Rosy Prado (União Brasil) afirmou que estão fazendo  “baianada” com o orçamento do município. A declaração, que pode ser considerada xenofóbica, foi feita na tribuna da Câmara Municipal, em sessão realizada  nesta terça-feira (03), para analisar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)   e a Lei Orçamentária Anual  de 2025.

No pronunciamento, Rosy Prado disse que Executivo está querendo “enfiar goela abaixo” uma LDO  que não é bem vista pelos vereadores. Além disso, reclamou que emendas impositivas da sua autoria sumiram da peça orçamentária.

“A baianada que está acontecendo nas peças orçamentárias, na LDO  não é da vereadora Rosy Prado, é de quem está querendo passar as coisas no mais ou menos, sem passar  nas comissões. O   Executivo tem toda a prerrogativa de mandar”, disse Rosy Prado,   

 A parlamentar também usou   “baianada” para se   referir  à   LOA. O termo pode ser interpretado como preconceito contra migrantes nordestinos.

“A baianada não é dessa Casa de Leis, a baianada é o que estão querendo descer goela abaixo aqui na Câmara dos Vereadores. Eu estou exigindo uma prerrogativa minha, é um direito que eu tenho, estou apenas querendo saber por que 30%, 20% e 10%”, afirmou, se referindo a emendas impositivas.

Depois de falar “baianada” duas vezes, Rosy Prado pediu perdão.  Inclusive, disse que tem um compadre baiano e que é “papa-banana” de Nossa Senhora do Livramento.

 .”Eu peço perdão se isso foi realmente falado, não foi no intuito de xenofobia, até porque eu sou papa-banana. Apesar de não ter nascido em Livramento,  fui criada desde os 2 anos de idade”, concluiu.

Pedido de vistas

Apesar da polêmica a LDO e LOA de 2025 não foram votadas hoje. Após o Executivo solicitar alterações quando a sessão já estava em andamento, a vereadora Gisa Barros (PSB) fez pedido de vistas. Com isso, a análise das peças orçamentárias será retomada na próxima terça-feira (10).

Conforme a LDO, LOA e Plano Plurianual  (PPA), o Poder Executivo estima que a receita bruta municipal será de pouco mais de R$ 2  bilhões.

A secretaria que terá mais receita em 2025 é a de Viação e Obras com R$ 525 milhões, sendo seguida pela Secretaria de Educação, Cultura e Lazer com R$ 445 milhões e Secretaria de Saúde com  R$ 348 milhões.