Trump libera prisões de imigrantes dentro de escolas, hospitais e igrejas
Norma reverte memorando estabelecido no governo Biden, que acreditava que esses ambientes deveriam ser áreas protegidas. Novo governo também recriou o programa 'Fique no México'. Bispa de Washington diz a Trump para ter misericórdia com imigrantes
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (21) que revogou medidas adotadas pelo governo Joe Biden que proibiam a prisão de imigrantes em locais como igrejas, escolas e hospitais.
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Em 2021, um memorando publicado pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS, na sigla em inglês) proibiu as prisões de imigrantes nesses locais, que foram chamados de áreas protegidas.
O governo Biden justificou que as prisões em edifícios protegidos poderiam criar uma sensação de medo em instituições que fornecem serviços básicos. Além disso, a gestão acreditava que todos, incluindo imigrantes, teriam direito à saúde, educação e religião.
Com a revogação das medidas adotadas por Biden, agentes de segurança poderão prender imigrantes em áreas consideradas protegidas pelo governo.
O secretário interino de Segurança Interna de Trump, Benjamine Huffman, afirmou que as medidas vão permitir que a captura de estrangeiros criminosos, "incluindo assassinos e estupradores".
"Os criminosos não poderão mais se esconder nas escolas e igrejas dos Estados Unidos para evitar a prisão. A Administração Trump não amarrará as mãos de nossos bravos agentes da lei e, em vez disso, confia que eles usarão o bom senso", afirmou.
Além disso, o DHS emitiu uma diretriz para restringir o uso da chamada "parole". A ferramenta permite a entrada legal de imigrantes em situação de emergência e foi amplamente usada na gestão Biden.
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'Fique no México'
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REUTERS/Zaydee Sanchez
O governo Trump também anunciou que está retomando o programa "Fique no México", que foi adotado na primeira gestão do republicano e revogada durante o mandato de Joe Biden.
A iniciativa obriga que estrangeiros que pedem asilo aos Estados Unidos, com exceção de mexicanos, aguardem a análise da solicitação no México.
Na segunda-feira (20), o governo tirou do ar um aplicativo usado para agendar entrevistas de asilo. Todos os agendamentos que já estavam feitos foram cancelados.
A medida gerou indignação e tristeza entre imigrantes que aguardavam para entrar nos Estados Unidos na fronteira com o México.
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