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Santa Terezinha,30/01/2025

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Dólar opera em alta, repercutindo decisões sobre juros no Brasil e nos EUA; Ibovespa sobe

g1.globo.com
Dólar opera em alta, repercutindo decisões sobre juros no Brasil e nos EUA; Ibovespa sobe
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No dia anterior, a moeda norte-americana encerrou em queda de 0,06%, cotada a R$ 5,8656. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira teve um recuo de 0,50%, aos 123.432 pontos. Notas de dólar.
Dado Ruvic/ Reuters
O dólar opera em alta nesta quinta-feira (30) com investidores repercutindo as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) elevou a Selic, taxa básica de juros, em 1 ponto percentual, a 13,25% ao ano. Lá fora, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve seus juros inalterados entre 4,25% e 4,50% ao ano.
Ambas as decisões já eram amplamente esperadas pelo mercado financeiro, mas um detalhe no comunicado divulgado pelo Fed com o anúncio da decisão chamou a atenção de investidores e dá mais força ao dólar neste pregão.
A instituição reconheceu que a atividade econômica e o mercado de trabalho nos EUA ainda estão muito aquecidos e que a inflação permaneça elevada no país, mas retirou um trecho presente em comunicados anteriores que afirmava que a inflação estava progredindo em direção à meta de 2% ao ano.
Especialistas e investidores avaliam que a retirada desse trecho indica que o Fed deve adotar uma postura ainda mais cautelosa nos próximos meses e demorar mais que o esperado para voltar a reduzir os juros.
Juros maiores nos EUA aumentam o rendimento dos títulos públicos do país, as Treasuries, que são considerados os ativos mais seguros do mundo. Isso pode gerar um maior fluxo de investimentos nos títulos americanos, o que valoriza a moeda do país em detrimento de outras, como o real.
Além do cenário de juros, o mercado também repercute a divulgação de novos dados aqui e lá fora. No Brasil, o Ministério do Trabalho informou, nesta quinta, que o país gerou 1,69 milhão de empregos com carteira assinada em 2024 — considerando o saldo entre as contratações e demissões.
Esse número representa uma alta de 16,5% em relação a 2023. Com isso, após dois anos de desaceleração, a criação de empregos formais voltou a ganhar velocidade em 2024.
O mercado também aguarda a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no quarto trimestre de 2024.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, opera em alta.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 10h15, o dólar subia 0,70%, cotado a R$ 5,9064. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,06%, cotada a R$ 5,8656.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,89% na semana;
recuo de 5,08% no mês e no ano.

a
Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,76%, aos 124.372 pontos.
Na véspera, o índice fechou em baixa de 0,50%, aos 123.432 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,80% na semana;
ganho de 2,62% no mês e no ano.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?
O comunicado do Fed após a reunião que acabou com a manutenção das taxas de juros americanas entre 4,25% e 4,50% ao ano veio mais duro do que o mercado esperava.
Segundo o colegiado, a taxa de desemprego se estabilizou em um nível baixo nos últimos meses, enquanto as condições do mercado de trabalho "permanecem sólidas". Já a inflação "continua um tanto elevada", acrescentou o Fed, que retirou o trecho que destacava o progresso em direção à meta de 2% ao ano.
Segundo analistas da XP Investimentos, "isso reforça a postura cautelosa da autoridade monetária recentemente". Além disso, em coletiva de imprensa realizada após a reunião, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que "não há pressa para reduzir os juros novamente".
O Índice de Preços ao Consumidor nos EUA encerrou 2024 com uma alta acumulada de 2,9% e há temores que o mercado de trabalho ainda muito aquecido, com a taxa de desemprego estabilizada num patamar baixo, possa continuar estimulando muito a atividade econômica e gerar mais inflação.
Também, a leitura do mercado é que o BC dos Estados Unidos deve continuar atento aos movimentos políticos do novo presidente do país, Donald Trump — ainda que o comitê evite mencionar o tema nos comunicados divulgados ao público,
A chegada do republicano ao poder pode gerar uma maior pressão inflacionária, caso o presidente decida cumprir suas promessas de aumentar as tarifas de produtos importados. Isso aumentaria os preços para os consumidores americanos e pressionaria o Fed por uma política monetária mais firme, com juros altos para conter o avanço dos preços.
Já no Brasil, a reunião do Copom terminou como o mercado esperava: com o aumento de 1 ponto percentual da taxa Selic, que chegou ao patamar de 13,25% ao ano.
Como a inflação está crescendo no país, o Copom prevê na próxima reunião uma nova alta na Selic.
"Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião", escreveu o Copom.
O Copom, porém, não trouxe mais pistas sobre o que pensa para as reuniões de maio em diante.
"Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos".
"Essa flexibilidade permitirá ao comitê reduzir o ritmo de elevação de juros caso a economia desacelere nos próximos meses (como prevemos)", destacam analistas da XP.




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