Nike faz parceria com SKIMS, de Kim Kardashian, para nova marca de roupas esportivas femininas
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NikeSKIMS faz parte dos esforços do CEO da Nike, Elliott Hill, de ampliar as ofertas da empresa e competir de maneira mais eficiente com marcas emergentes. NikeSkims, a nova marca em parceria entre Nike e Skims, de Kim Kardashian
Divulgação/Nike
A Nike anunciou nesta terça-feira (18) que irá lançar nos próximos meses, em parceria com a SKIMS, da socialite Kim Kardashian, uma nova marca de roupas esportivas femininas nos Estados Unidos.
De acordo com o comunicado, a nova marca combina "a abordagem de classe mundial da NIKE, Inc. (...) com a obsessão da SKIMS pela forma feminina e a busca pioneira por soluções para todos os corpos".
A NikeSKIMS faz parte dos esforços do CEO da Nike, Elliott Hill, de ampliar as ofertas da empresa e competir de maneira mais eficiente com marcas emergentes.
"Estamos energizados pela oportunidade de construir uma nova marca e agitar as coisas para a próxima geração de atletas com a NikeSKIMS", diz em nota Heidi O’Neill, executivo da NIKE, Inc.
"Esta parceria reúne o melhor de ambas as marcas e desbloqueia uma oportunidade incrível de revolucionar a indústria com nossa paixão e compromisso compartilhados com a inovação. Convidaremos ainda mais atletas para o esporte e movimento com produtos que as fazem se sentir fortes e sexy."
Também em nota, Kim Kardashian, co-fundadora e diretora criativa da SKIMS, diz que as empresas compartilham um profundo compromisso com a inovação, inclusão e quebra de barreiras, "impulsionados por uma crença inabalável no poder das mulheres".
"Esta parceria é o auge dessa visão compartilhada, entregando produtos meticulosamente projetados para esculpir e performar para todos os corpos. Cada detalhe foi obsessivamente considerado. Estamos incrivelmente empolgados para lançar nossa primeira coleção nesta primavera [outono no Brasil]."
Kim Kardashian, em seu novo crachá da NikeSkims
Divulgação/Nike
Investindo nelas
A parceria deve garantir à Nike vantagem entre as marcas de roupas esportivas voltadas para mulheres, enquanto a marca aposta em um retorno às suas raízes esportivas. Atualmente, a companhia depende da produção focada em homens para mais da metade de suas vendas.
O impulso foi perceptível no primeiro anúncio feito pela Nike no Super Bowl em quase três décadas, no qual apresentou estrelas do esporte feminino como a jogadora de basquete Caitlin Clark e a velocista Sha'Carri Richardson.
"O negócio feminino tem um crescimento mais rápido e mais potencial de crescimento no futuro. A Nike perdeu essa oportunidade que a Lululemon explorou nos últimos 10-15 anos", disse à Reuters o analista da Morningstar, David Swartz.
"A parceria com a SKIMS é um esforço para crescer um pouco mais rápido nessa área."
As ações da Nike subiram 4% na terça-feira (18) e estavam a caminho de seu melhor dia desde a nomeação de Hill, em setembro do ano passado.
A demanda por calças de moletom e calças de ioga de alta qualidade para mulheres tem sido um motor de crescimento para a Lululemon, com sede no Canadá, bem como para marcas emergentes como Alo Yoga e Vuori. Também ajudou a marca Athleta, da Gap.
A Nike informou que a NikeSKIMS incluiria roupas de treino, calçados e acessórios para mulheres.
A SKIMS foi lançada em 2019 e está avaliada em cerca de US$ 4 bilhões. A marca tem visto uma forte demanda por seus sutiãs premium, roupas de lazer e modeladores.
A primeira coleção da NikeSKIMS será lançada em algumas lojas de varejo nos EUA e em seu site. Além disso, estará disponível em mais lojas de varejo e no segmento de atacado em 2026.
Nike tenta reviver demanda
Em dezembro do ano passado, o CEO da Nike, Elliot Hill, alertou para dificuldades de curto prazo enquanto a marca, que enfrenta desafios, tenta reviver a demanda fraca por seus produtos.
Hill disse que a Nike "perdeu sua obsessão pelo esporte" e prometeu corrigir a situação ao reforçar seus negócios no esporte e vender mais produtos a "preços premium".
As declarações de Hill ocorreram durante a primeira teleconferência de resultados desde que assumiu oficialmente o cargo, em outubro de 2024.
A receita líquida da Nike no segundo trimestre fiscal daquele ano caiu 7,7%, para US$ 12,35 bilhões, contra expectativa de queda de 9,41%, para 12,13 bilhões de dólares, segundo estimativas de analistas compiladas pela LSEG.
"Se analisarmos bem, os números não são bons", disse Jessica Ramirez, analista sênior da Jane Hali & Associates. "Mas é melhor do que a maioria das pessoas temia."
* Com informações da Reuters
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