"Nós os responsabilizaremos", diz Netanyahu sobre Hamas após entrega de corpos de reféns
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (20) que o país está "unido em uma dor insuportável", após o Hamas entregar os corpos de quatro reféns capturados no ataque de 7 de outubro de 2023. Netanyahu garantiu que os responsáveis serão punidos.
"A voz do sangue de nossos entes queridos grita para nós do chão. Ela nos compele a chegar a um acordo com os assassinos vis, e nós os responsabilizaremos", declarou Netanyahu, em mensagem de vídeo divulgada por seu gabinete.
A declaração foi feita pouco depois da confirmação da identidade de Oded Lifshitz, ex-refém sequestrado aos 83 anos.
“Não deixaremos isso acontecer de novo”, diz Netanyahu
Na mensagem, Netanyahu destacou que o país sofre uma mistura de tristeza e raiva, lamentando a perda dos quatro reféns.
"Todos nós estamos sofrendo de tristeza misturada com raiva. Estamos todos furiosos com os monstros do Hamas", disse o premiê.
Ele também reafirmou o compromisso de impedir novos ataques semelhantes:
"Os quatro caixões nos obrigam, mais do que nunca, a prometer, a jurar, que o que aconteceu em 7 de outubro não acontecerá novamente".
Identificação dos corpos e novo acordo de troca
Além de Lifshitz, Israel aguarda a identificação dos outros três corpos entregues pelo Hamas, que seriam da família Bibas:
- A mãe Shiri Bibas.
- O filho mais velho, Ariel, de 4 anos.
- O bebê Kfir, sequestrado quando tinha 9 meses.
Essa é a primeira devolução de corpos de reféns desde a trégua estabelecida em 19 de fevereiro entre Hamas e Israel. Como parte do acordo, Israel deverá libertar prisioneiros palestinos no sábado (22), assim que o Hamas entregar seis reféns vivos.
A entrega ocorreu em uma esplanada no sul da Faixa de Gaza, onde combatentes palestinos posicionaram os quatro caixões pretos com fotos dos reféns. O fundo da cena incluía um cartaz acusando Netanyahu de crimes de guerra, acompanhado por uma caricatura do premiê com presas e manchas de sangue.
(Com informações da Reuters e AFP)
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