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Santa Terezinha,09/03/2025

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“Nunca subestime o poder da sua jornada”: Ingrid Silva discursa na ONU em celebração do Dia Internacional da Mulher

g1.globo.com
“Nunca subestime o poder da sua jornada”: Ingrid Silva discursa na ONU em celebração do Dia Internacional da Mulher
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Em entrevista à Globonews, a bailarina relembrou a trajetória e ressaltou a importância da inclusão na dança. Ingrid Silva ganhou destaque mundial ao se tornar a primeira bailarina negra a ter as sapatilhas de ponta da cor da sua pele. Bailarina Ingrid Silva
Reprodução
A bailarina Ingrid Silva discursou na sexta-feira (7) na Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque durante a celebração do Dia Internacional da Mulher.
Ingrid, que atualmente é bailarina principal do Dance Theatre of Harlem, foi a única brasileira a participar do evento que teve como tema “Por TODAS as mulheres e meninas: Direitos. Igualdade. Empoderamento”.
O encontro reuniu líderes mundiais, como o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, e a Diretora Executiva da ONU Mulheres, Sima Bahous, além de ativistas para celebrar e renovar o compromisso global com os direitos das mulheres e meninas.
No discurso, a bailarina destacou os desafios que enfrentou na própria trajetória, ressaltando a importância da representatividade e das oportunidades para mulheres ao redor do mundo – principalmente na área da dança.
“O balé clássico tem sido predominantemente branco. Como uma jovem de oito anos de idade, negra, pensaria que sua jornada seria bem-sucedida? [...] Fiz testes no Brasil para todas as companhias que você pode imaginar e adivinha? Não havia vagas para mim lá. Meu tipo de corpo, meu tom de pele, meu cabelo e todo o meu ser não se "encaixavam" na imagem estereotipada de uma bailarina. E isso alimenta a discriminação e as rejeições de empregos”, afirmou.

Reprodução
A bailarina conta que, quando fez o teste para o Dance Theatre of Harlem, foi aceita “contra todas as probabilidades” por Arthur Mitchell, o primeiro dançarino principal negro do New York City Ballet.
Em entrevista para a Globonews, Ingrid defendeu que o discurso simboliza a força, a resistência e a importância de dar visibilidade às vozes que, historicamente, foram silenciadas.
“Para mim, é um reflexo da superação de barreiras e da luta por igualdade e representatividade no cenário global. Eu enfatizo a necessidade de quebrar as estruturas de exclusão e dar espaço para as mulheres de todas as origens, especialmente as marginalizadas, brilharem em todos os espaços da sociedade”, disse.

Reprodução
Ingrid acredita que compartilhar a trajetória dela mostra que, independentemente das adversidades, é possível romper barreiras e conquistar novos espaços na arte e em outras áreas, e que a identificação fortalece o sentimento de que todas podem conquistar seus sonhos: “as experiências e perspectivas são valiosas e merecem ser reconhecidas”.
“Nunca subestime o poder da sua jornada. Cada desafio, cada obstáculo, é uma oportunidade de crescimento e aprendizado. Acredite em sua força, mesmo quando o mundo parece duvidar de você. Continue avançando com coragem e propósito, pois o seu sucesso é uma conquista coletiva que inspira gerações”, disse.
Ingrid Silva ganhou destaque mundial ao se tornar a primeira bailarina negra a ter as sapatilhas de ponta da cor da sua pele, após pintar por anos as sapatilhas de ponta com maquiagem.
Em 2020, se tornaram parte do Museu Nacional Smithsonian de História e Cultura Afro-Americana. Ingrid é autora dos livros: a autobiografia "A sapatilha que mudou meu mundo" (Globo Livros) e o infantil "A bailarina que pintava suas sapatilhas" (Globinho). Em 2024, fez sua estreia como coreógrafa no Fire Island Dance Festival e se tornou a primeira bailarina clássica a se apresentar no palco do Rock in Rio.




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