Misturas de produtos de limpeza que podem ser perigosas

Ao realizar a limpeza, a mistura de produtos podem comprometer a eficácia dos produtos e colocar em risco a saúde dos profissionais da área. A Copapel, empresa com quase 50 anos de tradição e expertise no setor de higiene e limpeza, alerta sobre combinações equivocadas que podem gerar reações perigosas e até reduzir a eficiência da higienização.
Para evitar riscos à saúde e garantir uma limpeza segura, confira seis combinações que devem ser evitadas, de acordo com a especialista:
Água sanitária + amônia
A amônia está presente em muitos produtos de limpeza, como limpadores multiuso, desengordurantes, limpa-vidros e alguns desinfetantes. Misturar produtos com amônia com água sanitária libera cloraminas, gases tóxicos que podem causar irritação nos olhos, garganta e pulmões, além de levar a crises respiratórias severas.
Água sanitária + vinagre
A reação entre esses produtos gera gás cloro, altamente tóxico e irritante para o sistema respiratório. Em concentrações elevadas, pode até causar queimaduras pulmonares.
Água sanitária + álcool
A mistura desses produtos reduz a eficácia da limpeza e é altamente inflamável, aumentando o risco de incêndios.
Água oxigenada + vinagre
Embora pareçam alternativas naturais, a combinação desses produtos cria ácido peracético, um composto agressivo que pode irritar pele, olhos e vias respiratórias.
Desinfetante + limpadores ácidos (muriático ou sulfúrico)
Produtos desinfetantes misturados a substâncias ácidas podem gerar reações violentas e vapores prejudiciais à saúde. Limpadores ácidos são comuns em produtos como desincrustantes, removedores de cimento, limpa-pedras e desentupidores de ralos.
Produtos alcalinos + produtos ácidos
Misturar substâncias como bicarbonato de sódio (alcalino) e vinagre (ácido) pode até criar uma espuma efervescente, mas isso neutraliza a ação de ambos, tornando a limpeza menos eficaz.
Se, por acaso, a mistura errada for feita, é preciso reconhecer os sinais de alerta rapidamente. Segundo Annayara, odores fortes e irritantes, dificuldade para respirar, irritação nos olhos, tontura, náuseas e até queimaduras na pele podem indicar uma reação perigosa. “Muitas vezes, os sintomas aparecem rapidamente, e a exposição prolongada pode agravar os efeitos. Por isso, é preciso agir com rapidez e cautela”.
Caso ocorra uma reação química indesejada, a especialista orienta a se afastar do local imediatamente e buscar ar fresco. “Também é importante ventilar o ambiente, abrindo portas e janelas, e nunca tentar neutralizar a mistura com outros produtos. Se houver contato com a pele ou olhos, lave com água corrente por pelo menos 15 minutos”, alerta. Em qualquer sinal de intoxicação, procure ajuda médica e entre em contato com o Centro de Controle de Intoxicações pelo telefone 0800 722 6001.
O que fazer em vez de misturar?
De acordo com Annayara, algumas combinações podem ser seguras e até potencializar a limpeza, desde que sejam recomendadas pelo fabricante e usadas corretamente:
- Desengordurante seguido de desinfetante, aplicados separadamente, para remoção eficaz de gordura e eliminação de microrganismos.
- Produtos multiuso utilizados com água quente, pois a temperatura ajuda na remoção da sujeira.
- Álcool aplicado em superfícies não porosas para garantir secagem rápida e desinfecção eficaz.
Para superfícies não porosas, recomenda-se o uso de desinfetantes de amplo espectro que garantam higienização eficaz sem causar ressecamento ou degradação do material. Diferentemente do álcool, que pode comprometer a integridade de algumas superfícies ao longo do tempo, essas soluções proporcionam desinfecção segura e duradoura.
Para evitar riscos, a engenheira recomenda sempre seguir as instruções dos rótulos e utilizar um produto por vez. “Quando for necessário aplicar mais de um produto, faça isso de forma sequencial: limpe com um produto, enxágue e só depois use o próximo. Isso preserva a eficácia e evita reações químicas indesejadas”.
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